(Beth Moon - Ancient Trees: Portraits Of Time, Abbeville Press, 2014)


“Eu pertenço à fecundidade
e crescerei enquanto crescem as vidas:
sou jovem com a juventude da água,
sou lento com a lentidão do tempo,
sou puro com a pureza do ar,
escuro com o vinho
da noite
e só estarei imóvel quando seja
tão mineral que não veja nem escute,
nem participe do que nasce e cresce.

Quando escolhi a selva
para aprender a ser,
folha por folha,
estendi as minhas lições
e aprendi a ser raiz, barro profundo,
terra calada, noite cristalina,
e pouco a pouco mais, toda a selva.”

(NERUDA, Pablo. O Caçador de raízes. Antologia Poética, José Olympio, 1994, p. 232.)


terça-feira, 12 de junho de 2007

Aos enamorados... da vida, de si mesmos, do outro...




"Tudo o que move é sagrado,
e remove as montanhas
com todo o cuidado, meu amor...

Enquanto a chama arder...
todo o dia te ver passar...
tudo viver a teu lado
com o arco da promessa
do azul pintado, pra durar...

Abelha fazendo o mel,
vale o tempo que não voou...
a estrela caiu do céu,
o pedido que se pensou...
O destino que se cumpriu
de sentir seu calor

e ser todo...

Todo o dia é de viver
para ser o que for

e ser tudo...

Sim, todo amor é sagrado...
e o fruto do trabalho,
é mais que sagrado, meu amor...
A massa que faz o pão
vale a luz do teu suor...
lembra que o sono é sagrado
e alimenta de horizontes
o tempo acordado de viver...

No inverno te proteger...
no verão sair pra pescar...
no outono te conhecer...
primavera poder gostar...
no estio me derreter,
pra na chuva dançar
e andar junto...

O destino que se cumpriu
de sentir seu calor e ser tudo...
Sim, todo amor é sagrado..."



Amor de Índio - Márcio Borges/Beto Guedes


Um comentário:

Anônimo disse...

depois de ler todo o seu perfil e seu blog !!!


descobri que vc é bem mais especial do que eu... muito obrigado por permitir que esse reles mortal seja amigo de uma pessoa assim como você angela minha anja !!!!!


bjinhuuu fiota