“[...] Parto com o ar...
Sacudo minha neve branca ao sol que foge,
Desfaço minha carne em
redemoinhos de espuma,
Entrego-me ao pó para crescer nas ervas que
amo.
Se queres ver-me novamente procura-me
Sob teus sapatos.
Dificilmente saberás quem sou ou o que significo,
Não obstante
serei para ti boa saúde,
E filtrarei e comporei teu sangue.
E se
não conseguires encontrar-me, não desanimes
O que não está numa
parte está noutra,
Nalgum lugar estarei a tua espera.”
(Tradução de Monteiro Lobato)