
Na Primavera, a árvore
era um ninho de folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
No Estio,
cobria-se de flores, cada ramo
era um jardim suspenso.
Vinha depois o Outono. As flores mortas
eram leito de pássaros.
As folhas partiam, esvoaçando,
tal borboletas de oiro.
Por fim, o Inverno; em vez de folhas,
braços nus, troncos mortos,
desolada solidão.
Mas um dia...
Um dia a Primavera voltou
com suas folhas palpitantes
como pequenas asas verdes.
O Estio,
com as suas flores,
com os seus jardins suspensos.
O Outono, com seus pomos
e as borboletas de oiro
das suas folhas a dançar ao vento.
O Inverno com seus musgos,
seus descamados braços nus.
Mas a árvore
a bela árvore era sempre a mesma
na sua ilimitada confiança.
Foi então que aprendi,
da árvore, a lição:
A vida é uma longa paciência
e uma longa esperança.
Um comentário:
Cheguei aqui por acaso e gostei muito do que vi, li e senti.
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