(Beth Moon - Ancient Trees: Portraits Of Time, Abbeville Press, 2014)


“Eu pertenço à fecundidade
e crescerei enquanto crescem as vidas:
sou jovem com a juventude da água,
sou lento com a lentidão do tempo,
sou puro com a pureza do ar,
escuro com o vinho
da noite
e só estarei imóvel quando seja
tão mineral que não veja nem escute,
nem participe do que nasce e cresce.

Quando escolhi a selva
para aprender a ser,
folha por folha,
estendi as minhas lições
e aprendi a ser raiz, barro profundo,
terra calada, noite cristalina,
e pouco a pouco mais, toda a selva.”

(NERUDA, Pablo. O Caçador de raízes. Antologia Poética, José Olympio, 1994, p. 232.)


domingo, 9 de setembro de 2007

Magic is in the air...


Hoje não trago versos, mas quero falar do mais belo poema de toda a Criação: VOCÊ.

Um poema escrito com letras de vida e morte, sorrisos e lágrimas, caminhos e atalhos, rascunhado todos os dias e cuja versão final será exatamente aquilo que a grandeza do seu coração permitir. Junto com a poesia que vc compõe, letra a letra, para o seu Ser, a vida oferece uma melodia que se harmoniza perfeitamente com as palavras que brotam do seu coração... quando convidamos a vida para dançar, ela aceita apaixonadamente.

Nos primeiros passos, lembre-se de dividir o que você tem de melhor – o conhecimento - com quem o(a) acompanha. Desenvolva novos ritmos, arrisque-se na improvisação, e encerre a dança com a entrega completa do seu ser à Natureza ou Deus, como vc preferir nomear. Também é importante que não nos esqueçamos da generosidade sem desejo de recompensa, do bem sem finalidades egoísticas e, principalmente, pense no poema que você quer ser, ao final. Pensou? Agora basta começar a reescrever-se...

Paz e magia no seu domingo!

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