(Beth Moon - Ancient Trees: Portraits Of Time, Abbeville Press, 2014)
“Eu pertenço à fecundidade e crescerei enquanto crescem as vidas: sou jovem com a juventude da água, sou lento com a lentidão do tempo, sou puro com a pureza do ar, escuro com o vinho da noite e só estarei imóvel quando seja tão mineral que não veja nem escute, nem participe do que nasce e cresce.
Quando escolhi a selva para aprender a ser, folha por folha, estendi as minhas lições e aprendi a ser raiz, barro profundo, terra calada, noite cristalina, e pouco a pouco mais, toda a selva.”
(NERUDA, Pablo. O Caçador de raízes. Antologia Poética, José Olympio, 1994, p. 232.)
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Velhas árvores - Olavo Bilac
"Estas velhas árvores, mais belas Do que as árvores novas, mais amigas: Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o insecto, à sombra delas Vivem, livres de fomes e fadigas; E em seus galhos abrigam-se as cantigas E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade! Envelheçamos rindo! envelheçamos Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade, Agasalhando os pássaros nos ramos, Dando sombra e consolo aos que padecem!"
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