(Beth Moon - Ancient Trees: Portraits Of Time, Abbeville Press, 2014)
“Eu pertenço à fecundidade e crescerei enquanto crescem as vidas: sou jovem com a juventude da água, sou lento com a lentidão do tempo, sou puro com a pureza do ar, escuro com o vinho da noite e só estarei imóvel quando seja tão mineral que não veja nem escute, nem participe do que nasce e cresce.
Quando escolhi a selva para aprender a ser, folha por folha, estendi as minhas lições e aprendi a ser raiz, barro profundo, terra calada, noite cristalina, e pouco a pouco mais, toda a selva.”
(NERUDA, Pablo. O Caçador de raízes. Antologia Poética, José Olympio, 1994, p. 232.)
sábado, 7 de março de 2009
Desamparo - Cecília Meireles
"Digo-te que podes ficar de olhos fechados sobre o meu peito, porque uma ondulação maternal de onda eterna te levará na exata direção do mundo humano.
Mas no equilíbrio do silêncio, no tempo sem cor e sem número, pergunta a mim mesmo o lábio do meu pensamento:
quem é que me leva a mim, que peito nutre a duração desta presença, que música embala a minha música que te embala, a que oceano se prende e desprende a onda da minha vida, em que estás como rosa ou barco...?"
2 comentários:
Ceciliaaa lindaa *-*, mas ainda prefirooo Clarice *-*
Linda demais a poesia, doce e serena, sem mais palavras p/ o comentário, tudo perfeito...beijinhos...
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