(Beth Moon - Ancient Trees: Portraits Of Time, Abbeville Press, 2014)
“Eu pertenço à fecundidade
e crescerei enquanto crescem as vidas:
sou jovem com a juventude da água,
sou lento com a lentidão do tempo,
sou puro com a pureza do ar,
escuro com o vinho da noite
e só estarei imóvel quando seja
tão mineral que não veja nem escute,
nem participe do que nasce e cresce.
Quando escolhi a selva
para aprender a ser,
folha por folha,
estendi as minhas lições
e aprendi a ser raiz, barro profundo,
terra calada, noite cristalina,
e pouco a pouco mais, toda a selva.”
(NERUDA, Pablo. O Caçador de raízes. Antologia Poética, José Olympio, 1994, p. 232.)
domingo, 30 de dezembro de 2007
Poema 25 (Metal Rosicler) - Cecília Meireles
Com sua agulha sonora
borda o pássaro o cipreste:
rosa ruiva da aurora,
folha celeste.
E com tesoura sonora
termina o bordado aéreo.
Silêncio. E agora
parte para o mistério.
A ruiva rosa sonora
com sua folha celeste
imperecível mora
no cipreste.
(In: Antologia Poética. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.)
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2 comentários:
Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.
Gostei muito do poema...
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