"Algo existe num dia de verão,
No lento apagar de suas chamas,
Que me impele a ser solene.
Algo, num meio-dia
de verão,
Uma fundura - um azul - uma fragrância,
Que o êxtase transcende.
Uma fundura - um azul - uma fragrância,
Que o êxtase transcende.
Há, também, numa
noite de verão,
Algo tão brilhante e arrebatador
Que só para ver aplaudo -
Algo tão brilhante e arrebatador
Que só para ver aplaudo -
E escondo minha face
inquisidora
Receando que um encanto assim tão trêmulo
E sutil, de mim se escape."
Receando que um encanto assim tão trêmulo
E sutil, de mim se escape."
( 75
Poemas de Emily Dickinson,
Sette Letras, 1999 - Rio de Janeiro, Brasil. Tradução de Lucia Olinto)
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