"O
que eu adoro em ti
Não é tua beleza
A beleza é em nós que
existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é
triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza
O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Mas é o
espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu
matinal da montanha
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e
das coisas
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio
momento
Graça que perturba e que satisfaz
O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em
tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco
aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza
O que
adoro em ti lastima-me e consola-me
O que eu adoro em ti é A VIDA
!!!”
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