"A, negro, E, branco, I,
rubro, U, verde, O, turquesinho.
vossa origem latente
hei-de cantar em breve.
O enxame que a zumbir
de um pântano se eleve,
A, teu negro veludo
esmalta de ouro fino;
E, brancura ideal das
tendas cor de neve,
umbelas de alvos reis,
lanças de gelo alpino;
I, sangue em jorros, I,
púrpura em chamas, hino
de cólera que, a rir,
num lábio em flor se atreve;
U, círculo do mar nos
glaucos horizontes,
verdes pastos sem fim,
rugas sulcando as fontes
dos que buscam da
ciência os íntimos refolhos;
O, fanfarras, clarins,
trons de vitórias, brados;
O, silêncios azuis de
anjos e sóis povoados,
O, clarão vesperal,
violáceo, dos seus olhos!"
(Trad. Augusto de
Campos)
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